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29 de abr. de 2012

Queria tanto (Livia Brazil)


Título: Queria tanto
Autora: Livia Brazil
Editora Benvirá, 216 p.

Alice Maria tem 22 anos, é cenógrafa e mora sozinha. Ela é louca por Gabriel, um dos caras do grupo de teatro. Até aí, tudo bem. O único (e grande) problema é que Gabirel é gay. Não bissexual, gay mesmo. Mesmo assim, ela não consegue esquecer o cara. Ela quer muito que o Gabriel pare de pegar todo mundo e fique com ela, mas sabe que isso não tem a menor chance de acontecer (mesmo que a relação entre eles seja bem intensa...). Em uma festa no bairro da Lapa, um carinha lindo pede pra ficar com ela, mas Alice nega querendo se manter “fiel” a Gabriel. Ela fica louca de raiva depois, é claro, mas não adianta nada. Em uma viagem com seus amigos pra Búzios, ela encontra o mesmo carinha, Rodrigo. No início, finge que não o reconheceu, mas ele corta seu barato afirmando que se lembra dela. Após uma despedida torta, Rodrigo liga pra ela e Alice, como se quisesse tirar a prova de seus sentimentos, passa mais uma noite com Gabriel. Satisfeita com o resultado, começa a sair com Rodrigo e demonstra querer algo bem mais intenso, enquanto ele se mostra um romântico. Só existe um problema: Alice tem medo de compromisso. Será que isso vai esfriar seu rolo com Rodrigo ou a jovem finalmente vai aprender a valorizar uma relação séria? 

Adorei o livro por vários motivos: o livro é em forma de diário, a leitura é simples, a narrativa é prá lá de divertida e é minha primeira vez participando de um booktour!!!!!. Rodrigo é pra lá de fofo, na mesma medida em que Alice é super engraçada. Perdi a conta de quantas vezes me acabei de rir com suas colocações hilárias. Mas a melhor parte começa quando Rodrigo aparece. Na melhor citação de todo o livro, já dá pra ver o quanto ele é fofo: “Achei que era o cara mais sortudo do mundo quando te vi aquele dia na praia. Eu tinha que falar com você, porque não ia perder a chance de novo. Porque eu quero você desde aquele dia na Lapa. Entendeu?” A primeira coisa que pensei é que ela não poderia deixar escapar um cara desses. Amei a história toda. Livro muito recomendado.

O poder dos seis (Pittacus Lore)



Título: O poder dos seis
Autor: Pittacus Lore
Editora Intrínseca, 319 p.

Marina, a número Sete das nove crianças trazidas de Lorien, está à procura de John Smith, o número Quatro. Ela acompanha pela internet notícias de seu possível paradeiro, já que agora John e Henri são procurados como terroristas. Em outro lugar, John, Seis e Sam estão escondidos, se curando dos ferimentos da batalha recente e se preparando para seguir caminho. Seis revela sua história, ao mesmo tempo em que a polícia os pega. Usando seus poderes, eles conseguem escapar. De volta ao convento espanhol onde Sete e sua protetora Adelina vivem há muitos anos, as duas estão mais uma vez discutindo, já que Adelina se descuidou totalmente de sua protegida e nem mesmo acredita mais que seja ela própria um ser de outro planeta. Marina, ressentida, só tem um único amigo na cidade, Héctor. Então, as coisas começam a complicar quando a jovem percebe que mais alguém a observa, o que não deixa um pressentimento bom. Enquanto isso, John Smith, Seis e Sam se encontram em mais batalhas contra os mogadorianos. Quando os inimigos encontram Marina e Adelina, já é tarde demais para que esta tome uma atitude, mas no meio do desespero Marina tem uma grata surpresa quando descobre que o “inimigo” que a observa é, na verdade, um amigo: o protetor “não-oficial” da Dez, criança que os nove nem sabiam que existiam. Enquanto Seis ajuda Sete contra os mogs e descobre a existência de Dez, Sam e John descobrem que o Nove foi preso pelos mogs. Na busca de Sam por seu pai, uma reviravolta na história faz com que um John de coração partido sinta que deve encontrar logo as outras crianças para lutar a que será a batalha final. 

Como o primeiro livro, O poder dos seis prendeu totalmente a minha atenção, se não mais. Existem mais batalhas, o poder de Seis se mostra inteiramente e a criança número Dez, que ninguém sabia existir, aparece. Mas o que mais me surpreendeu foi Sarah. Quem diria... Não quero julgar agora, prefiro esperar pelo próximo livro, mas adorei a atração intensa entre John e Seis. Não imaginava que isso iria acontecer, e foi a melhor surpresa do livro. Agora é rezar para que façam o filme. Livro recomendadíssimo.

23 de abr. de 2012

A esperança (Suzanne Collins)


Título: A esperança
Autora: Suzanne Collins
Editora Rocco Jovens Leitores, 421 p.

“Só agora que ele foi corrompido, consigo apreciar totalmente o verdadeiro Peeta. [...] A delicadeza, o equilíbrio, a afetuosidade que deixavam um inesperado rastro de calor humano.” 

Katniss, sua família e uns poucos sobreviventes do bombardeio no Distrito 12 agora se encontram no lendário distrito rebelde, o Distrito 13. Sem querer, desde o início Katniss se vê envolvida no plano dos rebeldes para tomar a Capital e derrubar o presidente Snow. Seu único problema: Peeta não está com ela. Quando os rebeldes a resgataram e aos outros na arena, Peeta foi um dos que ficou pra trás. Ela se culpa e a Haymitch por isso, mas não pode fazer nada. Quando percebe que sua colaboração aos rebeldes pode poupar a vida de Peeta, ela resolver assumir o papel que lhe deram: do Tordo, do pássaro que após ser modificado e usado pela Capital foi deixado para morrer, mas soube se adaptar e sobreviver, que significa esperança para muitos. Gale também se torna ativo em prol da causa, assim como Prim que, longe de ser ainda aquela menininha por quem Katniss se voluntariou, agora é uma jovem com planos para o futuro. Em sua tristeza absurda, Katniss é ajudada por Finnick Odair (um dos tributos resgatados) a perceber quando ela começou a realmente amar Peeta, ao mesmo tempo em que a tentativa de resgate dele dá certo. O problema é que as torturas pelas quais passou fizeram com que ele esquecesse totalmente do seu amor por ela e agora a considera uma ameaça. Tentando se manter longe, sem conseguir fazer com que Peeta volte ao normal, Katniss começa a treinar pesado para fazer parte do grupo rebelde que vai tomar a Capital. Quando ela assume o comando do grupo após a morte do primeiro comandante, se dirige para a Capital. Novos perigos a esperam, pois a cidade se tornou nada mais nada menos que uma arena. A invasão dá certo, mas uma perda drástica e repentina a leva ao auge da histeria. Quando a loucura, pesar e desconfiança de Katniss atingem o auge, o acontecimento chave da história surpreende a todos. 

O nome do livro diz tudo. É exatamente esse o sentimento que permeia o livro todo. Me consumi durante toda a leitura por causa do destino de Peeta, fiquei louca com a tentativa de resgate e surtei quando ele não consegue mais reconhecer Katniss. Quando ele praticamente se torna um empecilho para os rebeldes e a única solução viável parece ser matá-lo, minha vontade era gritar: “NÃO! NÃO FAÇAM ISSO COM PEETA!” Mas como toda história que começa de forma boa, Suzanne Collins soube se superar no último livro da trilogia, Uma das últimas e principais reviravoltas da história me fez sentir o mesmo quando li o último livro de Harry Potter, com todas aquelas mortes (sempre tem uma que choca mais). Tem um final feliz? Para mim, apesar de tudo, teve sim. Foi o final que eu esperava? Devido a determinados acontecimentos, não, mas foi aceitável (uma vez que em guerras sempre existem mortes chocantes). Um livro ótimo, um final de história maravilhoso, onde romance e política estão mais emaranhados do que nunca.

Em chamas (Suzanne Collins)


Título: Em chamas
Autora: Suzanne Collins
Editora Rocco Jovens Leitores, 413 p.

“Se você morrer, e eu continuar vivo, acaba a vida para mim no Distrito 12. Você é toda a minha vida.”

Peeta Melark e Katniss Everdeen venceram os útlimos Jogos Vorazes, feito nunca antes ocorrido. No entanto, a “garota quente” não tem consciência dos pequenos distúrbios nos distritos que ocorrem desde sua vitória. Ela não percebe que sua última atitude nos Jogos se tornou uma pequena chama para aqueles que querem se livrar da opressão da Capital. Agora, ela e sua família, assim como Peeta, moram na Aldeia dos Vitoriosos. É em sua nova casa, em um encontro surpresa com o presidente Snow, que Katniss descobre a fagulha que ela acidentalmente acendeu nos distritos no final dos últimos Jogos. Agora, ela deve manter a farsa e, pior, convencer o próprio presidente, de que ela realmente ama Peeta e tudo que fez (incluindo seu truque final) foi em função deste sentimento. O problema é que Peeta realmente a ama e se sente magoado com ela, por ter usado (na visão dele) seu sentimento, que é real. Eles precisam parecer um casal de apaixonados na Turnê da Vitória, mas acabam novamente trocando os pés pelas mãos, cansados de serem usados como peças de um jogo político. Então, no ano do 3º Massacre Quaternário, celebração especial dos Jogos Vorazes realizada a cada 25 anos, os tributos deverão ser escolhidos dentre o rol de vitoriosos. Peeta e Katniss estão de volta a arena, novamente com Haymitch como mentor, mas dessa vez tudo é diferente: os adversários dessa vez são mais experientes e os desafios são maiores. Mas isso não impede Peeta e Katniss de lutarem com afinco para salvarem-se mutuamente, enquanto ela novamente se sente muito mais do que atraída pelos beijos de Peeta. Os vitoriosos morrem e alianças são feitas, mas tudo parece vir abaixo quando Katniss novamente acende uma faísca poderosa que, dessa vez, não pode ser controlada. 

O segundo livro da trilogia Jogos Vorazes é ótimo. Continua exatamente de onde o primeiro livro parou. O que mais gostei foi a presença mais forte do vilão da história, o presidente Snow, já que pensei que ele seria mais uma presença mencionada do que outra coisa. Gostei dos momentos Katniss-Peeta e achei que Gale estava se intrometendo muito. Cheguei até a pensar que a autora agora iria transformá-lo em algo mais na vida de Katniss além do melhor amigo que ele sempre foi, mas me enganei (ainda bem). A descrição da situação política também é mais forte, já que os problemas estão começando. Também gostei da menção maior ao Distrito 13, aquele que foi “destruído” pela Capital quando tentou uma revolta. Mas sem sombra de dúvida o que eu mais amei foi ver que Katniss estava começando a se apaixonar de verdade. Enfim. Uma excelente continuação.

Jogos vorazes (Suzanne Collins)


Título: Jogos Vorazes
Autora: Suzanne Collins
Editora Rocco Jovens Leitores, 397 p.

“Bem, há uma garota. Sou apaixonado por ela desde sempre.[...] Vencer... não vai ajudar nesse caso. 
Por que não? 
Porque... porque... porque ela veio para cá comigo.” 

É o ano da 74ª edição dos Jogos Vorazes, uma espécie de reality show onde 2 jovens (um feminino e um masculino) de cada um dos 12 distritos que formam Panem são oferecidos como tributos como lembrança da derrota de uma revolta antiga contra o poder de ferro da Capital. Nesta edição, Katniss Everdeen entra em parafuso quando sua irmã caçula, Prim, é sorteada como tributo feminino do Distrito 12. A jovem se voluntaria no lugar da irmã para os Jogos, enquanto Peeta Melark foi sorteado para ser o tributo masculino. Eles são levados para a Capital, onde acontecerá a abertura e preparação para os Jogos. Lá, Katniss percebe o quanto ela e Peeta estão em desvantagem em comparação a alguns outros tributos, bem alimentados e treinados para a luta desde cedo. Sempre uma jovem que lutou para sustentar a família depois da morte do pai, Katniss não admite em alguns momentos o pouco caso que sofre pelos patrocinadores e é justamente seu sangue quente que faz com que ela receba a nota mais alta no treinamento. Seu estilista Cinna, como se pressentisse, a transforma e a Petta em criaturas do fogo durante a abertura dos Jogos. A partir desse momento, Katniss se torna “a garota quente”. No entanto, a maior arma que Katniss pode utilizar para sobreviver à arena quem lhe dá é Peeta, quando afirma durante a entrevista dos tributos que é apaixonado por ela desde pequeno. Haymitch, mentor de ambos, decide usar o sentimento de Peeta como estratégia de jogo. No entanto, o sentimento é verdadeiro, pelo menos da parte de Peeta... Os Jogos começam. Cada tiro de canhão é um tributo morto. À medida que os dias passam, cada vez mais mortes ocorrem. Katniss está sozinha, enquanto Peeta se junta ao bando de Carreiristas (os jovens mais capacitados para vencer os Jogos). Quando anunciam que uma regra foi mudada e que agora dois jovens podem vencer, desde que sejam do mesmo distrito, Katniss sai em busca de Peeta e é nessa convivência que ela descobre a profundidade do sentimento que Peeta nutre por ela. No entanto, eles ainda estão nos Jogos, e Katniss já não consegue mais saber se é tudo verdade ou simples estratégia de jogo. Um pequeno ato transforma Katniss e Petta em vencedores. 

Sempre acontece isso comigo. Termina uma saga, vejo no cinema, Quando acaba no cinema, fico esperando alguma novidade. Foi assim com O Senhor dos Anéis, Harry Potter, Crepúsculo (se bem que nesse caso, os últimos livros e filmes foram decepcionantes). Até aparecer esta série de Suzanne Collins. Esse livro é EXCELENTE. Não me canso de reler. Uma das melhores séries que já li. Infelizmente, foi outro livro que só soube por causa do filme e li depois de ver o filme (não gosto de fazer isso porque quero ler com a cabeça livre da já formada caracterização dos personagens. Só não foi tão ruim porque Jennifer Lawrence e Josh Hutcherson estão perfeitos como Katniss e Peeta). A autora consegue demonstrar a que veio, pois a história, além de um ótimo romance, também apresenta, desde o início, um excelente suspense político. Os personagens são encantadores e a narrativa em primeira pessoa só torna a história mais interessante. Muitíssimo recomendado.

21 de abr. de 2012

Eu sou o número quatro (Pittacus Lore)


Título: Eu sou o número quatro
Autor: Pittacus Lore
Editora Intrínseca, 352 p.

Um jovem e seu guardião são mortos por seres misteriosos. Em outro lugar do mundo, outro jovem sente a morte enquanto uma terceira cicatriz aparece em seu tornozelo direito. O Número Quatro é o próximo a ser morto, e sabe disso. Então, ele e seu guardião Henri se mudam novamente, conscientes de que os mogadorianos já estão a sua caça. Isso tudo porque o Número Quatro faz parte de um grupo de nove crianças que fugiram de Lórien, seu planeta natal, quando os mogadorianos invadiram e dizimaram o planeta. Até agora, três dos nove estão mortos. John, o número Quatro, é o próximo. Ele e Henri se mudam para Paradise, uma pequena cidade americana onde eles esperam não chamar atenção para si mesmos. Na escola, John conhece Sarah, uma habilidosa fotógrafa, e Sam, um jovem “nerd” atormentado pelo capitão do time de futebol, Mark, ex-namorado de Sarah. John começa a se envolver em confusões quando começa a se interessar por Sarah, atraindo o ciúme de Mark, ao mesmo tempo em que sua amizade com Sam faz com que este perceba que John está longe de ser um cara normal. Quando os mogadorianos finalmente alcançam Henri e John, a Número Seis se une a eles para lutar. Assim, a pequena cidade de Paradise se vê envolvida em uma luta entre humanos, mogadorianos e lorianos. 

Um livro muito bom. Só soube dele quando vi o filme homônimo estrelado por Alex Pettyfer, que estreou ano passado. Só assisti agora e fui correndo pro livro (deveria ter sido o inverso, mas enfim). Gostei bastante, a narrativa é boa, o enredo prende a atenção do leitor. Agora ando louca pra ler a continuação. Livro muito indicado.

The Lion awakes


Mais uma vez percebo que a pesquisa sobre as referências para um dos meus guias bibliográficos rende ótimos resultados. Achei esse filme, que tem como tema a amizade de C.S. Lewis e J.R.R. Tolkien. No site do filme podem ser achadas mais informações. Vejam o teaser abaixo:


15 de abr. de 2012

Contos de Meigan: a fúria dos Cartagos – Book Trailer



Meigan é um mundo diferente do nosso, morada de seres especiais e poderosos que se denominam magis. Na aparência são exatamente como nós, mas as diferenças não podem ser ignoradas por muito tempo. Os magis tem uma relação especial com a natureza e seus elementos, moldando-os a sua vontade e apoderando-se de sua força. Esses elementos, chamados mantares, não se limitam apenas aos conhecidos fogo, terra, ar e água. Existem muitos outros, como as sombras, o tempo e até mesmo o controle sobre o próprio corpo. Ter a capacidade de decifrar, entender e interagir com a natureza é um dos principais requisitos para a evolução de um magi. Para tanto, deve-se, primeiramente, entender que tudo faz parte da mesma manifestação natural e que toda matéria e energia estão inseridas em um processo dinâmico e universal. Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos começa com Maya Muskaf preparando-se para voltar para casa. Depois de três anos vivendo na Terra, o momento de retornar a Meigan finalmente havia chegado. Estava preocupada, pois algo afetava seu controle sobre os mantares, talvez algum resquício da misteriosa doença que a debilitou durante a infância. Com medo de estar novamente doente e para conseguir respostas, decidiu deixar de lado as diferenças com sua mãe, a principal governante do mundo magi. Voltaria a Katur, capital de Meigan, e pediria perdão por todas as brigas passadas. Assim, abandonou sua vida terrena e entrou na primeira caravana que encontrou. Entretanto, seus planos acabaram tomando um rumo muito diferente daquele que imaginara. No caminho de volta, os soldados que a escoltavam acabaram encontrando destroços e um corpo no chão. Logo que avistou o homem morto, com os cabelos tão brancos quanto sua pele e os olhos inteiramente negros, Maya soube que se tratava de um dos cártagos – antigos magis que traíram seu povo e por isso foram banidos para uma dimensão paralela. As implicações para tal presença em território magi eram gravíssimas e não demorou muito para que a garota e seus companheiros descobrissem que os magis traidores estavam tomando o Solo Sagrado e derrubado seus portões de defesa. Agora, em meio ao caos de uma violenta batalha, Maya vai precisar lutar para sobreviver e conseguir responder as perguntas que tanto lhe afligem. Como os cártagos conseguiram acesso ao Solo Sagrado? Onde estavam os guardiões dos portões, os mais poderosos guerreiros de Meigan? E, a mais importante de todas, conseguiria chegar a Katur a tempo de encontrar sua mãe? (Sinopse: Skoob)

Mais um achado. Contos de Meigan é o livro das paraenses Roberta Splinder e Oriana Comesanha. Só pela sinopse, já dá pra ver que o livro é bom. Andei pesquisando e as críticas confirmam, então eu tinha que fazer algum post relacionado a ele. Além do fato do livro ter sido escrito pelas minhas conterrâneas :) Assim que ler, posto minha resenha aqui. Por enquanto, fiquem com o book trailer.


Something blue (Emily Griffin)



Título: Something blue
Autor: Emily Griffin
Editora St. Martin, 338p.

Darcy descobre que sua melhor amiga, Rachel, a traiu com seu ex-noivo Dex. Ela desabafa sobre a situação com todos: seus pais, que não acreditam que Rachel possa ter feito algo assim (dada a amizade de longa data das duas) e com o pai de seu filho, Marcus (que é ex de Rachel e melhor amigo de Dex). A partir daí, Darcy passa a avaliar sua vida: como ele sempre conseguiu as coisas por sua beleza, enquanto Rachel tinha que batalhar por tudo, como começou sua história com Dex (apresentado a ela por Rachel) e o que a fez se interessar por Marcus, um cara desleixado que a primeira vista não faria seu tipo. Quando ela percebe que começou a se interessar demais pelo padrinho de seu noivo, Darcy o faz sair com Rachel. Até que o inevitável (mas desejado) acontece entre Marcus e Darcy, ela percebe o que realmente sentia. Ela conversa com Marcus a respeito e fica magoada porque ele não dá ao evento a mesma importância que ela. No início, Marcus tenta resistir, mas acaba cedendo e os encontros tórridos acontecem por meses. Quando ela descobre estar grávida de Marcus, resolve terminar o noivado com Dex. Em sua nova vida com Marcus, ela ainda se sente um prêmio disputado pelos dois ex-amigos, enquanto acha que Rachel é um mero prêmio de consolação para Dex. Algumas situações fazem Darcy perceber que ela é a única que está trabalhando por uma relação estável, e finalmente se dá conta de que escolheu o cara errado. Quando os pais descobrem que ela está grávida, desaprovam sua relação. Seu mundo cor de rosa está desmoronando e Darcy não pode fazer nada para impedir. Darcy está perdida e sozinha. Em Londres, para onde viajou tentando dar um jeito em sua vida, ela se “hospeda” (depois de insistir muito) na casa de um antigo colega de escola (amigão de Rachel). Ao invés de arrumar um emprego, ela só sabe torrar seu dinheiro (detalhe: ela não gasta nada com o bebê, só quer saber de comprar roupas da moda e verificar se ainda não perdeu corpo sexy). Até Ethan, seu anfitrião, cansar e lhe dizer muitas boas verdades. Então, Darcy finalemente começa a avaliar o por quê do vazio em sua vida.

Este livro é a continuação de O noivo da minha melhor amiga, onde descobrimos como começou o romance entre Dex e Rachel, a descoberta da traição por Darcy do ponto de vista de Rachel. A diferença está no fato de que, enquanto Rachel se mostra arrependida por ter sacaneado a melhor amiga e não consegue entender seus próprios sentimentos, neste livro Darcy tem certeza do que sente, nisso se inclui seu desejo (negado) por Marcus.
O livro é ótimo porque mostra o que aconteceu da perspectiva de Darcy, mas como no primeiro livro, o que me irritou foi a constante carência de Darcy (ela sempre tinha que estar “competindo” com Rachel por alguma coisa. Ela não valorizava ser bela? Então por quê tanta carência? Irritante.) e como ela era tão egocêntrica a ponto de achar que um cara como Dex não poderia se interessar de verdade por sua amiga “boazinha”. Foi muito bom, apesar de ficar com pena (um pouco), vê-la sendo destratada da mesma forma que ela fez com tantos. Melhor do que o primeiro livro, Something blue continua a história mostrando um ponto de vista diferente que, se não faz o leitor simpatizar com Darcy e sua frivolidade, pelo menos ajuda a entendê-la.

6 de abr. de 2012

Sombras do império de J.G. Ballard – DL 2012


Tema: Escritor oriental
Mês: Abril de 2012 (Livro 2)
Leitura do mês: Sombras do império
Autor: J.G. Ballard
Editora Record, 304 p.

Jim vive em Xangai com a família na época da II Guerra Mundial. Quando ele se separa dos pais na confusão dos ataques japoneses, ele perambula sozinho até ser preso. No campo de Lunghua, ele ouve boatos de uma tentativa de fuga. No entanto, quando a guerra acaba, ainda existe uma incerteza sobre evacuar o campo. Ele foge, esperando encontrar os pais na sua casa em Xangai. Ele é o primeiro a chegar em casa e fica a espera de seus pais, enquanto a vida em Xangai prossegue. 

Mais um romance autobiográfico e ficcional de J.G. Ballard. No “primeiro” livro, o autor narrou sua vida em Xangai na época da II Guerra Mundial e de que forma sua vida mudou após o ataque japonês a Pearl Harbor. Agora, ele fala sobre as tentativas de fuga e os traumas vividos nesse período. Não é como se esse livro fosse uma continuação, porque o autor narra um pouco do que já havia falado no primeiro livro. Ballard simplesmente dá outro enfoque aos acontecimentos relacionados a sua vida no campo de Lunghua. Mais um excelente livro de Ballard que, através de um relato biográfico, narra as esperanças do pós-guerra.

4 de abr. de 2012

A cidade do sol (Khaled Hosseini)


Título: A cidade do sol
Autor: Khaled Hosseini
Editora Nova Fronteira, 368 p.

Mariam perdeu a mão nova (ela tinha só 15 anos). Obrigada pela família do homem que deveria ser seu pai a casar com Rachid, um comerciante de sapatos. O homem é um bruto opressor, adepto da burca (vestimenta feminina que esconde todo corpo da mulher), e quando, depois de vários abortos, fica comprovado que Mariam não pode dar a Rachid seu tão sonhado herdeiro, sua situação piora, pois o maltrato do marido dobra. Ao mesmo tempo, Laila, uma moça esperta e mais jovem que Mariam, mostra uma vontade de ser uma mulher independente (o que é impensável para uma mulher pertencente a essa cultura). Seus planos são drasticamente alterados quando sua casa é explodida por um foguete, matando sua família. Mas o pior reservado a ela está para acontecer quando ela descobre estar grávida do namorado adolescente, exilado no Paquistão. Assim, estas duas mulheres com a vida dilacerada se encontram e surge uma bela amizade.

Todo mundo fala deste autor. E muito mais desse livro, então não tinha como não estar na minha lista. Apesar do fato de que eu não conheço muitos escritores orientais (na verdade, acho que por causa dos costumes referentes as mulheres, evito leituras sobre assuntos relacionados ao Oriente Médio), estava curiosa sobre Khaled Hosseini. Como não achei O Caçador de Pipas, resolvi ler esse mesmo. Devo dizer que somente a vontade de querer participar do Desafio Literário para me fazer ler ou continuar a leitura desse livro. A descrição realista da vida da sociedade afegã durante um período marcado por guerras civis, com o regime talibã e a ocupação americana, é digna de nota. Até mesmo sobre a condição social feminina. Um ótimo livro para se conhecer parte da História. Mas duvido que vá ler novamente.

O império do sol de J.G. Ballard – DL 2012


Tema: Escritor oriental
Mês: Abril de 2012 (Livro 1)
Leitura do mês: O império do sol
Autor: J.G. Ballard
Editora BestBolso, 378 p.

O menino Jim vive em Xangai,em plenos tempos de guerra. Mais especificamente em tempos da II Guerra Mundial. Ele se perde dos pais durante um ataque japonês. O menino tenta voltar para casa e quando consegue tudo que encontra são as roupas e pertences da mão revirados e a casa totalmente vazia. O ataque japonês a Pearl Harbor já havia acontecido e os dias seguintes são um caos. Ele passa a perambular e a viver sozinho nas casas de amigos e conhecidos que fugiram, sobrevivendo das lembranças e da escassa comida que encontrava. Até finalmente ser preso. A partir daí, ele observa e vivencia todos os horrores de uma das maiores guerras da história.

Um livro muito interessante. Não faz o meu gênero por ser livro sobre guerra, ainda mais sobre a II Guerra Mundial (pois eu considero esse conflito um dos piores que já ocorreram). Mas o livro prende a atenção porque é também uma biografia. O autor vivenciou os acontecimentos descritos no livro, então mesmo escrito na terceira pessoa, a descrição das pessoas e dos lugares e da situação política na época prendem a atenção do leitor (talvez porque o livro, além de biografia, também seja um romance). Leitura muito recomendada, que mostra de que forma todas as pessoas foram e sempre são afetadas pela guerra.