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24 de jul. de 2011
Jane Eyre (Charlotte Brontë)
Título: Jane Eyre
Autora: Charlotte Brontë
Editora Landmark, 528 p.
Jane Eyre é órfã de pai e mãe. Criada pela tia que nunca a considerou digna da mínima atenção, Jane é enviada para um colégio interno, onde conhece seus primeiros momentos de verdadeira felicidade. Crescida e formada como professora, Jane decide procurar uma nova posição, encontrando-a no Solar de Thornfield, como tutora da jovem Adele, pupila de Lord Edward Rochester.
Quando conhece Lord Rochester, Jane se mostra intrigada com a personalidade marcante e difícil de seu patrão. Ela se descobre apaixona por ele, mas não nutre esperança alguma. Ele e Jane começam a conviver bastante enquanto a moça é tutora da protegida de Rochester. Jane se mostra inteligente e simples, o que acaba cativando seu patrão sem que ela perceba. Quando ela se declara, ele finalmente se torna capaz de mostrar o quanto ardentemente também a ama. Os dois planejam se casar, mas ela acaba descobrindo que ele já tem esposa. O segredo de Mr. Rochester finalmente vem a tona e Jane, sabendo que seria incapaz de continuar vivendo na mesma casa que o amado sem poder tocá-lo, foge. Perdida, com frio e fome, ela acaba sendo amparada por uma pequena família. O tempo passa, a convivência entre eles se estreita até Jane descobrir que tem muito mais em comum com seus benfeitores do que imaginava. Ela, no entanto, ainda não esqueceu Rochester. E ele? Será que esqueceu Jane?
A primeira coisa que chama a atenção é o fato do livro ser uma autobiografia ficcional da personagem principal, que se apresenta como Jane Eyre, Apesar de ser considerado um romance, o livro aproxima-se do drama, e o trágico acompanha toda a trajetória da personagem principal. O leitor, ao mesmo tempo em que simpatiza com a falta de solidariedade (tão presente em nosso tempo) que sustenta a história, pode não ser tão simpático com a passionalidade de Jane. Um dos melhores romances de todos os tempos, Jane Eyre é um verdadeiro clássico do romance mundial.
Jane Eyre é órfã de pai e mãe. Criada pela tia que nunca a considerou digna da mínima atenção, Jane é enviada para um colégio interno, onde conhece seus primeiros momentos de verdadeira felicidade. Crescida e formada como professora, Jane decide procurar uma nova posição, encontrando-a no Solar de Thornfield, como tutora da jovem Adele, pupila de Lord Edward Rochester.
Quando conhece Lord Rochester, Jane se mostra intrigada com a personalidade marcante e difícil de seu patrão. Ela se descobre apaixona por ele, mas não nutre esperança alguma. Ele e Jane começam a conviver bastante enquanto a moça é tutora da protegida de Rochester. Jane se mostra inteligente e simples, o que acaba cativando seu patrão sem que ela perceba. Quando ela se declara, ele finalmente se torna capaz de mostrar o quanto ardentemente também a ama. Os dois planejam se casar, mas ela acaba descobrindo que ele já tem esposa. O segredo de Mr. Rochester finalmente vem a tona e Jane, sabendo que seria incapaz de continuar vivendo na mesma casa que o amado sem poder tocá-lo, foge. Perdida, com frio e fome, ela acaba sendo amparada por uma pequena família. O tempo passa, a convivência entre eles se estreita até Jane descobrir que tem muito mais em comum com seus benfeitores do que imaginava. Ela, no entanto, ainda não esqueceu Rochester. E ele? Será que esqueceu Jane?
A primeira coisa que chama a atenção é o fato do livro ser uma autobiografia ficcional da personagem principal, que se apresenta como Jane Eyre, Apesar de ser considerado um romance, o livro aproxima-se do drama, e o trágico acompanha toda a trajetória da personagem principal. O leitor, ao mesmo tempo em que simpatiza com a falta de solidariedade (tão presente em nosso tempo) que sustenta a história, pode não ser tão simpático com a passionalidade de Jane. Um dos melhores romances de todos os tempos, Jane Eyre é um verdadeiro clássico do romance mundial.
A Oxford de Lyra (Philip Pullman)
Esse pequeno conto começa dois anos depois da conclusão de A Luneta Âmbar. Lyra e Pantalaimon se encontram no conforto e na familiaridade da Faculdade Jordan, quando um pássaro estranho, o dimon de uma feiticeira, aparece desacompanhado e, literalmente, cai do céu. Ele está a procura de Lyra para que ela o ajude a encontrar um eleixir que slavará a vida da feiticeira. Lyra aceita ajudar, e quando ela e Pantalaimon se aproximam da casa de um alquimista de reputação duvidosa, a menina toma consciência do perigo e descobre que, mais uma vez, sua vida está em perigo. O livro é legal, um item de colecionador: acompanha um mapa de Oxford, um cartão-postal da doutora Mary Malone e um cartaz do S.S.Zenobia.
Não dá para saber os motivos que levaram Philip Pullman a escrever A Oxford de Lyra. Existem duas opções: esse livrinho seria um teste para saber se os leitores da trilogia Fronteiras do Universo se interessariam em uma continuação? Ou a história seria um interlúdio entre a destruição do mal supremo e novos males no caminho de Lyra da Língua Mágica? As duas respostas podem ser afirmativa, até porque Pullman já trabalha em um livro chamado The Dust Book (O Livro do Pó), que trará novamente as aventuras da Lyra da Língua Mágica.
23 de jul. de 2011
Sementes no gelo de André Vianco – DL 2011
Tema: Novos autores
Mês: Julho de 2011 (Livro II)
Título: Sementes no gelo
Autor do livro: André Vianco
Editora: Novo Século
Nº de páginas: 176
Sinopse: Neste novo romance, André Vianco volta a explorar o sobrenatural. Em "Sementes no Gelo", o leitor ingressa no mundo de espíritos atormentados, impedidos de reencarnar. Muitos se enraivecem e lançam sua fúria sobre todos que lhe chamam atenção e interpõe seus caminhos. Um detetive desvenda os mistérios em torno destes espíritos, tornando-se o inimigo número um das perigosas entidades.
Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… na realidade, nada. Mas agora que li a história, a capa diz TUDO.
Eu escolhi este livro porque… tinha que escolher um adequado ao tema E esse livro era um dos mais comentados do autor.
A leitura foi… muito boa. Na verdade, acabei de ler. Levei uma manhã inteira, não consegui parar. Como o livro anterior, esse também me surpreendeu bastante. A história é muito boa, e a temática pede a reflexão do leitor sobre certos assuntos que, à primeira vista, podem dizer respeito somente a ciência, mas também a religião. A leitura também foi oportuna, porque estou assistindo a reprise da novela O Clone, que foca em assuntos que também dizem respeito à ciência e à religião.
No começo, fiquei meio receosa com o livro porque primeiro, era ebook (que cansativo que é ler um), segundo, sempre fico com um pé atrás quando a palavra “sobrenatural” é mencionada (apesar de ter gostado da temática do vampiro no livro O Senhor da Chuva).
O detetive Tânio Esperança, no início, parece o “bom” personagem principal, aquele que persegue os bandidos. Ao longo da história, percebe-se que não é bem assim. Não que ele seja “mau”, mas como humano errou bastante e feio quando criança (realmente, crianças, como humanas que são, podem ser bastante cruéis). Ele consegue desvendar o mistério, mas a custa de muitas dores. Não vou negar que não tenha gostado do fim que tiveram os maus na história (exploradores de crianças, estupradores... Aliás, agora acaba de me ocorrer que o que eram as primeiras crianças que aparecem na história. Não vou dizer o que eram, só digo o que NÃO eram: vampiros.).
De modo geral, gostei bastante. Uma temática envolvente, que chama a atenção para assuntos polêmicos, como o da fertilização. E mantenho a minha visão sobre o assunto. Não há nada de errado em apelar para uma clínica se o casal quer tanto um filho, mas tem dificuldades. O problema é: o que fazer com um embrião fecundado que já foi descartado? No livro, afirma-se que os pais devem dar permissão para que o embrião seja destruído. Mas é vida. Já existe uma vida ali. Quem destruir esse embrião não será um assassino também (mas legalizado)? E se não destruir, essa vida ficará congelada para sempre? Sou espírita. Li uma vez que, a partir do momento em que o embrião existe, um espírito já está vinculado a ele. Não é só matéria, não é só o corpo de carne que está se formando, mas o espírito também. Com o embrião congelado, é como se desse uma “pausa” no seu desenvolvimento, consequentemente no desenvolvimento espiritual. Qual será esse sofrimento? É válido? Acho que são questões sem respostas, como a maioria das questões religiosas e científicas são. Mas uma coisa é certa: somos humanos, só isso. Já basta de brincar de ser Deus.
Os personagens que eu gostaria de ter ajudado, realmente ajudado foram todos os espíritos das crianças presos naquele início de vida e encarcerados em tambores de vidro da clínica de fertilização.
O trecho do livro que merece destaque: O primeiro trecho é até covardia eu colocar aqui porque pode tirar um pouco do mistério da história, mas eu vou colocar porque é achei um dos trechos mais esclarecedores da história (e que fornece motivo para reflexão da realidade, principalmente no mundo em que vivemos, tão carente de amor e respeito à vida humana):
“Olho por olho, dente por dente. Eles estavam presos, detetive, presos em corpos de gelo, corpos imutáveis, que não os ajudariam na aprimoração terrena. Sua existência seria desperdiçada. Cada dia, mais e mais crianças despertavam do sono gelado, detetive. Despertavam endurecidas. Algumas, como seu amigo Simão, lembravam-se de suas últimas vidas. E, acredite, não haviam sido vidas muito boas. A maioria havia sido molestada sexualmente por adultos estúpidos, detetive. Haviam sido molestadas psicologicamente por amigos cruéis. Essas almas perturbadas tornaram-se incontroláveis, queriam reparação. Existe um time muito pior... as sombras, as sombras de crianças que seriam, mas não foram... As sombras dos abortados, detetive. Você já obrigou alguma namorada sua a fazer um aborto, detetive? Conhece alguma mulher que já abortou por livre e espontânea vontade? Sem se preocupar com a alma que habitava o pequeno recipiente, que germinava em seu útero? Pode apostar, detetive, se essas almas estão aqui... e se são sementes no gelo... se tiverem uma vaga idéia do que lhes aconteceu na última "quase vida", pode apostar, detetive Esperança, essas mulheres e homens vão se arrepender amargamente. Essas almas querem reparação... estão cansadas do exílio e, principalmente, da injustiça. Estão cansadas dos estupradores, dos aproveitadores de crianças....”
O segundo trecho é um mero questionamento, mas que resume toda a temática da história (e da realidade também):
“Até onde ia o direito do homem? Tínhamos o direito de conservar vidas no gelo? Existiria de fato um "plano maior"? Não se brinca com a mãe natureza.”
A nota que eu dou para o livro: 5
O senhor da chuva de André Vianco – DL 2011
Tema: Novos autores
Mês: Julho de 2011 (Livro I)
Título: O senhor da chuva
Autor do livro: André Vianco
Editora: Novo Século
Nº de páginas: 268
Sinopse: Um anjo perseguido, para não ser destruído, possui o corpo de um ser humano igualmente agonizante. Assim, o anjo quebra uma regra sagrada que dá direito aos demônios de evocarem uma guerra desigual que poderá desencadear a destruição de todos os anjos de luz da terra. Agora, os dois exércitos estão furiosos, transformando as tranqüilas pastagens de Belo Verde num funesto campo de batalhas onde espadas que parecem chamas, e olhos que parecem brasas, darão o tom nesta misteriosa aventura sobrenatural, repleta de batalhas mergulhadas no mundo dos anjos, dos vampiros... e dos demônios. Anjos enfrentam as criaturas do mal em combates corpo a corpo, empurrando espadas e evitando dentadas a todo custo. Os anjos estão em menor número, mas têm esperança... A Chuva.
Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… na realidade, nada. Mas a capa, apesar de não identificar isso à primeira vista, indica bastante coisa da história.
Eu escolhi este livro porque… tinha que escolher um adequado ao tema. E todo mundo só falava em André Vianco.
A leitura foi… uma tortura, não pela história, mas pelo fato de ter lido em ebook (não adianta, existem certas modernidades com as quais eu nunca vou me acostumar). A história é muuiuto boa, li o livro em dois dias, não conseguia parar, apesar de já estar cansada de histórias de vampiros (só para ter noção, nunca consegui terminar Drácula de Bram Stoker e a saga Crepúsculo, por terminar do jeito que terminou, me traumatizou).
A história está recheada de clichês e estereótipos: vampiros são filhos do demônio, bebem sangue de gente viva, não tem misericórdia alguma, fogem do sol, dormem dentro de caixões. Mas o autor consegue reunir todos esses clichês (com os quais eu estava desacostumada depois de ler Crepúsculo) de uma forma nova, ainda imprimindo na história um tema que, desde O Silmarillion, eu passei a adorar: a guerra entre anjos e demônios. Não sei por quê, já que nunca li A Batalha do Apocalipse, O Senhor da Chuva me pareceu semelhante ao que se encontra no livro de Eduardo Spohr. A narrativa de Vianco várias vezes me fez esquecer de que a história se passa no Brasil. Acho que porque não é o gênero literário que predomine no país.
O personagem que eu gostaria de ter ajudado foi Samuel. Transformado em vampiro sem saber, condenado a vagar pela eternidade sem paz. Muito triste, apesar de seu feito na guerra entre os anjos e os demônios.
O trecho do livro que merece destaque: ”Para onde vai a consciência de um vampiro sem alma? Para onde vão as lembranças? São finitas? São. Porque não vão para os santos no Céu. Não vão para os demônios no Inferno. Não vão vagar, jogadas ao rio. Não vão chorar nofundo dos mares. Não serão devoradas por uma truta faminta. Não serão encontradas por um pescador. Não serão soldado de chumbo nem serão enterradas por uma tribo indígena brasileira. Não se tornarão manioca. Sem critérios. Um vampiro não é mais nada do que o agora. Um vampiro é o sangue que ele bebe durante devaneio alucinado. Um vampiro é a sombra que ele toma. E o gato que ele mata por nada. É o pensamento que ele lê e arranca sem permissão. E o grito que provoca. E o sangue que ele gela. E o minuto-segundo que suspira, imaginando sentir o coração pulsar. E a lágrima que cai quando o fim nos parece certo. Um vampiro é exatamente isso. É toda magnífica ação, ou sensação, que cabe dentro de uma fração de segundos. Portanto, não tenham medo do vampiro. Ele não é nada quando o Sol chega. Ele não é nada na ponta da estaca. Não tenha medo do vampiro; ele não é nada.”
A nota que eu dou para o livro: 5
6 de jul. de 2011
Pollyanna e Pollyanna Moça (Eleanor H. Porter)
Pollyanna é um romance de Eleanor H. Porter, publicado em 1913 e considerado um clássico da literatura infanto-juvenil.
A história gira em torno de Pollyanna Whittier, uma jovem órfã que vai viver em Beldingsville, Vermont com sua única tia viva, tia Polly. A filosofia de vida de Pollyanna é centrada no que ela chama de "o Jogo do Contente", uma atitude otimista que aprendeu com o pai. Esse jogo consiste em encontrar algo para se estar contente, em qualquer situação por que passemos. Com essa filosofia, aliada a uma personalidade radiante e uma alma sincera, Pollyanna leva muita alegria e contentamento à sombria e triste propriedade da tia. O "jogo do contente" protege-a também das atitudes severas e desaprovadoras de sua tia. Em breve, Pollyanna ensina a alguns dos mais problemáticos habitantes de Beldingsville a 'jogar o jogo do contente'. Até sua tia, achando-se sem saída diante da animada recusa de Pollyanna de ficar triste começa a se tornar mais simpática e amigável, muito embora resista ao jogo do contente mais tempo do que qualquer outra pessoa. Mas um sério acontecimento balança o forte otimismo de Pollyana; nesse instante, todas as pessoas que a menina ajudou agora aparecem em seu socorro e a ajudam a não desistir de seu famoso jogo.
O livro fez tanto sucesso que Eleanor lançou uma sequência, Pollyanna Moça, em 1915. Nesse novo livro, Pollyanna se transformou em uma encantadora jovem, amada por todos os que com ela aprenderam o famoso "Jogo do Contente". Sua fama de pessoa especial vai além dos limites de Beldingsville, a cidadezinha onde vive com Tia Polly. Pollyanna recebe um convite especial para passar uma temporada em Boston. Alguém de lá precisa muito dela... Mas ela não irá apenas conquistar novas amizades, irá também encontrar o amor e com ele as dúvidas e emoções de todos os apaixonados.
O livro foi marcante, não somente por ter sido o primeiro dos clássicos da literatura que eu li, mas pelos ensinamentos implícitos. No começo, me irritava a mania de não se irritar da protagonista, eu pensava “caramba, essa menina só pode ser retardada, não tem como uma pessoa viver contente”. Irritou tanto ela falar do jogo do contente, que eu queria continuar lendo, só para ver até onde ela agüentaria jogar. No momento em que ela pára de jogar, me arrependi e torci para ela voltar logo ao seu jogo do contente. Porque, na verdade, esse jogo mostra o que há de melhor no ser humano. É uma leitura cativante, que mostra como uma criança determinada e seu jogo infantil podem fazer bem a mais carrancuda das pessoas.