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25 de jan. de 2011

Chapeuzinho Vermelho e outras histórias (Col.Clássicos de Ouro) – DL 2011


Tema: Literatura Infanto-Juvenil

Mês: Janeiro de 2011 (Livro II)

Título: Chapeuzinho Vermelho e outras histórias

Autor do livro: ---------

Editora: Paulinas (Col.Clássicos de Ouro)

Nº de páginas: 51

Sinopse: Os mais belos e famosos clássicos da literatura infantil universal estão reunidos nesta coleção Fábulas de Ouro. As várias histórias, cheias de imaginação e fantasias, tem despertado, de geração em geração, o mundo encantado dos sonhos que enfeitam a vida das crianças e dos adultos também. Com textos escritos em linguagem simples e didática e ilustrações primorosas e exuberantes, Fábulas de Ouro serão os companheiros prediletos das crianças em seus agradáveis momentos de lazer.

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… a ilustração da capa. E de cada conto, os desenhos são muito bonitos, bem coloridos, o que eu adoro, por sinal.

O livro é sobre… Contos infantis, denotando lições de moral. Inclui a história d’A Chapeuzinho Vermelho, o Acendedor Mágico, A Pequena Vendedora de Fósforos, O Flautista de Hamelin, A Rainha da Neve, O Riacho e a Árvore, O Passarinho de Ouro, O Narciso e O Príncipe dos Rubis.

Eu escolhi este livro porque… O livro estava na estante sem ser lido há muito tempo. É uma das melhores coleções do meu acervo (digo meu, mas era pra ser da minha irmã também, mas desde muito tempo eu sou a bibliófila da família, então os livros que a mamãe comprou pra gente acabou ficando pra mim.)

A leitura foi… divertida, rápida, legal. Quando eu disse que o livro ensina lições de moral, falei sério. As melhores histórias, para mim, foram a do Narciso, do flautista de Hamelin (uma história que eu sempre quis entender e agora, estudando Tolkien, eu sei que é baseada em uma história real), a Rainha da Neve (que me lembrou imediatamente da Jadis, de Nárnia), mas principalmente a história do Príncipe dos Rubis. Eu nunca tinha escutado falar sobre esse conto. É diferente de tudo que se conhece, talvez porque nós não estamos familiarizados com histórias orientais, fora a de Ali Babá, pois nossa herança cultural é grega (infelizmente, porque o Oriente oferece tanta coisa boa). E as ilustrações, então? As imagens mais bonitas são a do Narciso, que graças a Deus não é retratado como um homem loiro de olhos azuis e sim como um moreno espetacular, parecendo um Adônis de jambo, e o Príncipe dos Rubis, outro moreno lindo que vestido com aquelas roupas bufantes e coloridas comuns na Arábia ficou o máximo.

O personagem que eu gostaria de ter dado um toque legal é a princesa que se casa com o Príncipe dos Rubis. Por quê? Porque a curiosidade dela levou a perda do homem que ela amava. Tá certo que o final do conto tem final feliz, mas mesmo assim. Eu diria para ela não ser tão curiosa. “Já ouviu aquele ditado: a curiosidade matou o gato?”, eu diria a ela. Quem quer saber demais, acaba perdendo o conhecimento que já tem. E veja o Narciso, por se achar tanto, acabou morrendo. Toda a beleza dele não salvou sua vida. Mais uma lição: beleza não é nem nunca vai ser tudo na vida de uma pessoa.

O trecho do livro que merece destaque: Não dá para dizer um trecho só. Como são contos de fadas, parecem versões das histórias completas, entende?

A nota que eu dou para o livro: 5

Alice de Lewis Carrol – DL 2011


Tema: Literatura Infanto-Juvenil

Mês: Janeiro de 2011 (Livro I)

Título: Alice: Aventuras de Alice no País das Maravilhas & Através do Espelho

Autor do livro: Lewis Carrol

Editora: Jorge Zahar

Nº de páginas: 303

Sinopse: O livro conta a história das aventuras de Alice ao cair numa toca de coelho, que a leva a um lugar povoado por criaturas que misturam características humanas e fantásticas que lhe apresentam enigmas. Nesta edição comentada da obra 'Alice no país das Maravilhas' e 'Através do Espelho' o leitor encontrará notas de Martin Gardner - esclarecendo artifícios literários, estruturas narrativas e explicando trocadilhos da época, enigmas ou mesmo as alusões à vida pessoal do autor - buscando dar sentido a passagens não esclarecidas nas traduções até então disponíveis em português. O livro traz ainda esboços descobertos; uma introdução situando 'Alice no País das Maravilhas' e 'Através do Espelho' no contexto da Inglaterra vitoriana; bibliografia da obra de Lewis Carroll; Filmografia, com os filmes já produzidos sobre Alice e um episódio de 'Através do Espelho - O Marimbondo de Peruca'

Quando vi a capa do livro, o que mais chamou a minha atenção foi… a propaganda dizendo que o livro continha as ilustrações originais de John Tenniel. Algo como ele ter sido o principal ilustrador da história de Alice, o que tem mais credibilidade entre os carrolianos (amantes de Lewis Carrol, como as janeites, de Jane Austen, e os tolkenianos, de J.R.R. Tolkien. Fãs são mesmo uma loucura).

O livro é sobre… As aventuras de Alice no País das Maravilhas. Contém também um conto inédito que faz parte da história “Através do espelho”. Essa acontece depois que a Alice volta do País das Maravilhas e pelo que entendi, é nele que aparece a Rainha Branca (que eu não fazia idéia de quem era, porque eu só tinha visto um filme de Alice, da Disney, e odiei).

Eu escolhi este livro porque… queria deixar de odiar a história, ou pelo menos entender. Também queria saber de onde saíram alguns personagens que Tim Burton colocou na nova adaptação, como a Rainha Branca já citada.

A leitura foi… legal. Esclareceu bastante. Mas não sei se gosto de Alice. Uma coisa é certa: eu preciso ver o filme do Tim Burton, pelo Johnny Depp e pela história em si. Mesmo sem ter visto esse filme, comecei a fazer algumas associações entre os personagens do livro e do filme na minha cabeça e quero saber se estou certa. Como na cena do trailer em que as Rainhas Vermelha e Branca se encontram no meio de um... tabuleiro de xadrez? Na história, Alice passa por cada etapa do jogo de xadrez, desde o peão que luta até ela mesma se tornar uma Rainha, no lugar da Vermelha. É isso que acontece no filme quando Alice aparece de armadura, escudo e espada nas mãos? Ela vai lutar pra ser a Rainha Vermelha que o livro fala que ela se torna? Não, parem, não me digam se é isso que acontece no filme. Eu quero ver.
Esse livro foi uma odisséia. Eu tinha comprado ele ano passado, já pensando no Desafio. Mas antes de começar a ler, soube que estava a venda uma edição comentada. Quase pirei porque adoro esse tipo de livro, com notas esclarecedoras e coisas assim, então quis vender o primeiro e comprar a edição que li. Mas janeiro chegou, eu já devia começar a ler (o livro é grosso) e nada de ter dinheiro. Aí para o aniversário da mamãe eu dei de presente o que eu tinha comprado antes e corri pra livraria pra comprar a edição comentada. Mas comprei tarde. Comecei a ler. As notas explicativas realmente são demais, ajudam bastante a entender porque as pessoas consideram essa história uma obra-prima que os fãs da matemática e da lógica amam (ISSO não entendi e nem faço questão). Descobri que a Alice de Carrol foi baseada em Alice Libdell, uma das crianças que o autor tinha como amiga, ele contou a história para ela e suas irmãs durante um passeio de barco, existem discussões a respeito de Carrol ter se apaixonado pela menina e ter talvez pedido sua mão em casamento (calma, nada de pedofilia, ela cresceria é claro, mas a mãe não consentiu. Existe uma discussão desse tipo, imagem isso na Inglaterra vitoriana?), entendi o que é sorriso de gato de cheshirre (aquele gato da Disney me tirava do sério com aquele sorriso idiota), enfim aprendi muita coisa. Não odeio mais Alice, entendo mais. Só não vou assistir o filme da Disney nunca mais. Agora eu quero ver é o Johnny de Chapeleiro Maluco.

O personagem que eu gostaria de ter compreendido melhor é a Rainha Vermelha. Por quê? Ela é louca. Ou é impressão? Que coisa irritante de toda hora “cortem a cabeça, cortem a cabeça!”. Me enlouqueceu ler isso, mais do que ver na adaptação da Disney. Também queria entender mais: porque esse livro é um livro de lógica?!?!?!?! Fala disso e de matemática, mas... Sei lá, acho que pra captar a essência real dessa história vou ter que ler de novo.

O trecho do livro que merece destaque: Não sei. Mas o que com certeza eu adorei foram as ilustrações.

A nota que eu dou para o livro: 4

3 de jan. de 2011

Retrospectiva Literária 2010

O livro infanto-juvenil que mais gostei: Difícil. Li tantos livros dessa categoria que fica difícil escolher um só.... Harry Potter, toda a saga. Além de ser um livro de fantasia, ensina muitas lições, é bem escrito, tem um enredo maravilhoso e emocionante (passei do 4º livro em diante só chorando...). Além disso, foi Rowling quem levou a conhecer Tolkien e Austen, que hoje são meus dois vícios literários.

A aventura que me tirou o fôlego: O Silmarillion, de Tolkien. É um livro sobre a cosmogonia de Tolkien. A aventura principal, a guerra das Silmarils de Fëanor, é de fazer o leitor viajar.

O terror que me deixou sem dormir: Simplesmente não leio livros de terror.

O suspense mais eletrizante: a trilogia Millenium, de Stieg Larsson. Já li os dois primeiros e o terceiro estou lendo. É uma história totalmente enlouquecedora.

O romance que me fez suspirar: Orgulho e Preconceito de Jane Austen. Preciso dizer por quê? Mr. Darcy, obviamente.

A saga que me conquistou: a trilogia O Senhor dos Anéis. Pelos elfos, pelos hobbits, pelo romance de Arwen e Aragorn, por tudo.

O clássico que me marcou: Orgulho e Preconceito. As pessoas podem ser preconceituosas e orgulhosas, mas se deixar um sentimento mais forte se sobrepor a tudo, é muito mais fácil ser feliz. Uma boa mudança de conduta sempre é bem-vinda, quando o objetivo é o coração de uma mulher.

O livro que me fez refletir: Ensaio sobre a cegueira.

O livro que me fez rir: Empatado. Diário da Princesa. Hilário como Mia fala da vó dela. E também As mentiras que os homens contam. Nossa, eu chorava de tanto rir.

O livro que me fez chorar: Dewey, uma gato entre livros. Chorei horrores.

O melhor livro de fantasia: Coração de Tinta.

O livro que me decepcionou: Nenhum. Quando não se espera nenhuma surpresa, é fácil não se decepcionar.

O(a) personagem do ano: Emma Woodhouse. Ela é ótima.

O(a) autor(a) revelação: Do ano de 2010, foi Thalita Rebouças. Não sou chegada a literatura brasileira, mas os livros dela são ótimos.

O melhor livro nacional: As mentiras que os homens contam.

O melhor livro que li em 2010: Ai, agora pegou. Talvez eu esteja sendo injusta, mas foi Orgulho e Preconceito. Leio ele o tempo todo e sempre vai ser o melhor romance pra mim.

Aí está. Apesar de que algumas respostas não dizem respeito somente ao ano de 2010.

Meg Cabot


Mia é uma garota normal que descobre, de um dia para outro, que é a princesa herdeira de um principado europeu, Genovia. Essa descoberta muda toda sua vida. Mia começa a ter “aulas de princesa” com sua avó e começa a chamar a atenção de todo mundo no colégio. Mas Mia não quer nada disso: na realidade, ela só quer passar de ano, atrair a atenção de certo alguém,... Ah, ela também quer que Lana e suas amigas super populares a deixem em paz.


A coleção O Diário da Princesa é um livro sobre adolescentes para adolescentes. Meg Cabot conta toda a história da vida princesa de Genovia, desde o momento em que ela descobre que é a única herdeira do trono até quando ela acaba liderando uma revolução no país que um dia deverá governar. Os 10 livros também mostram os dramas adolescentes de Mia e seus amigos (com passagens hilárias) com os quais qualquer um pode ver o espelho de sua adolescência, seus medos e alegrias, confusões e dúvidas, amizades e amores, além de contar com alguns livros com episódios entremeados a história da coleção e alguns guias sobre “como ser uma princesa”. Uma leitura muito deliciosa.

J.K. Rowling


No primeiro livro, A Pedra Filosofal, Harry Potter descobre aos onze anos que é um bruxo, mas não qualquer bruxo: ele é o Menino-que-Sobreviveu. Matriculado na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, ele começa se integrar ao mundo de seus falecidos e pais, faz amigos e inimigos, descobre porquê foi criado por tios que o detestam e tem seu segundo confronto com Lord Voldemort ao descobrir o mistério da Pedra Filosofal. 
N’A Câmara Secreta, Harry é resgatado por Rony e seus irmãos no dia do seu aniversario da casa dos tios. Ele passa o resto das férias na casa do amigo e volta pra Hogwarts, lugar que, segundo um elfo doméstico chamado Dobby, seria muito perigoso para ele estar. Alguma coisa volta a atacar os estudantes, fato que preocupa todos. A Câmara Secreta foi reaberta, mas Harry, frustra novamente a tentativa de Voldemort de voltar ao poder. 
O Prisioneiro de Azkaban mostra o terceiro ano de Harry e seus amigos em Hogwarts. Ele está sendo vigiado por todos, pois um perigoso assassino, Sirius Black, está a sua procura. Um novo professor aparece na escola, Remo Lupin, que irá ajudar Harry no seu combate aos dementadores. Enquanto estuda e se diverte, uma nova aventura está prestes a acontecer, pois ele descobre a ligação entre Sirius, Lupin e seus pais. 
N’O Cálice de Fogo, Hogwarts está sediando o Torneio Tribruxo, evento onde campeões de três escolas competem para levar o troféu Tribruxo. Harry é misteriosamente inscrito na competição, o que foge às regras. Mesmo assim, ele compete ao lado dos outros três campeões. No meio dos problemas, Harry também descobre o amor. Esse ano escolar termina de forma drástica com a volta de Lord Voldemort. 
Em A Ordem da Fênix, Harry é escoltado para a Ordem da Fênix, sede do grupo que combate Voldemort. Acusado de usar magia impropriamente, ele é julgado e considerado inocente. Em Hogwarts, ele e seus colegas tem que lidar com Dolores Umbridge e se unem no Exército de Dumbledore para aprender a se defender da magia das trevas. Uma grande perda leva-o a descobrir toda sua história. 
N’O Enigma do Príncipe, o Ministério finalmente acredita que Voldemort está de volta e Harry é considerado o herói que irá derrotá-lo para sempre. Mas o garoto rejeita esse papel e entra em conflito com o novo Ministro da Magia. Ao mesmo tempo, se junta a Dumbledore na busca de informações que possam ajudar na luta contra Voldemort. Mas esse ano não termina bem. Uma grande perda para o mundo bruxo faz Harry seguir sozinho em sua jornada. 
O último livro, As Relíquias da Morte, mostra Harry, Rony e Hermione fora de Hogwarts em busca das horcruxes, objetos ligados diretamente a Voldemort. Eles também descobrem coisas não muito boas sobre o passado de Dumbledore e a existência (fictícia para alguns) das relíquias da Morte. De volta a Hogwarts, Harry e Voldemort travam a batalha final e decidem que rumo terá a profecia que os liga: “Um não poderá viver enquanto o outro existir.”


Foi a melhor saga literária que eu já li, com exceção d’O Senhor dos Anéis. J.K. Rowling consegue prender a atenção do leitor desde o início do primeiro livro até o final do último. Meu vício pela leitura se fortaleceu a cada aventura de Harry Potter e seus amigos. Longe de estimular culto satânico (como pregam muitos desavisados), a obra de J.K. Rowling ensina sobre amor, paciência, ambição, ódio, amizade, escolhas, preconceito, coragem, crescimento e mostra as complexidades da vida e da morte. Acima de tudo, os livros ensinam sobre responsabilidade moral. E estimulam o hábito pela boa leitura.

Cornelia Funke


Mo é encadernador e tem uma habilidade especial: ao ler, ele dá vida aos personagens da história. Mas esse dom causa um grande problema quando ele traz sem querer para o mundo real o vilão Capricórnio e manda para a história que lia sua esposa Reza. Tempos depois, Dedo Empoeirado, outro personagem tirado do mesmo livro, reaparece para pedir novamente que Mo o leia para dentro de sua história. Capricórnio também está a sua procura. Então Mo e sua filha Meggie partem em uma jornada incrível e cruzarão o caminho do escritor de Coração de Tinta (que é o livro do qual Mo tirou Capricórnio e Dedo Empoeirado). Com a ajuda de Fenoglio, Capricórnio é derrotado e Mo reencontra Reza. Quando Dedo Empoeirado finalmente consegue voltar para sua história, no livro Sangue de Tinta, seu ajudante Farid e seu furão Gwin ficam para trás. Farid resolve pedir a ajuda de Meggie e juntos eles entram no mundo de Coração de Tinta (ela herdou o dom de Mo). Seus pais a seguem e uma nova aventura começa, pois eles agora precisam lutar contra um inimigo mais poderoso. Mo é confundido com o ladrão Gaio (uma espécie de Robin Hood) e cada vez mais assume as características deste intrigante personagem, o que acaba preocupando Reza e Meggie. Em Morte de Tinta, a guerra contra Cabeça de Víbora continua, mas ele precisa ser cada vez mais cuidadoso, pois Orfeu, um contador de histórias que tem o poder de transformar a seu bel prazer personagens e criaturas do mundo de Coração de Tinta, agora é aliado do temido vilão.


Cornelia Funke consegue com maestria mostrar em sua trilogia o universo dos livros e os profissionais que trabalham com ele: tem encadernador, restaurador, colecionador, escritor... O próprio objeto, o livro, está presente na forma das variadas e muito bem escolhidas citações que abrem cada capítulo de cada um dos livros da trilogia. Mundo de Tinta é realmente um mundo fascinante e incrível, repleto de aventura, magia e habitantes envolventes. Os livros de Cornelia Funke são verdadeiros livros dentro de livros; livros que fazem o leitor querer ler cada vez mais; portas de passagem para o fantástico mundo da leitura.